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A vida de Juliana
Numa cidade que dança ao ritmo do relógio,
Juliana se ergue com o sol a despontar,
Em sua rotina, um ciclo quase cego,
Onde a vida se desenrola sem se destacar.
Seu despertar é um eco monótono,
O café quente que aquece o corpo frio,
Ela parte para o mundo, rumo ao entono,
Onde o tempo se desfaz num esvair vazio.
Entre papéis e telas, sua jornada se tece,
Num emaranhado de tarefas e afazeres,
O mundo lá fora, uma pintura que se esquece,
Enquanto ela se prende aos seus deveres.
Ao cair da noite, ao lar ela retorna,
As luzes da cidade já começam a brilhar,
Nada de grandioso, nada que eterniza e eternamente torna,
Apenas o cotidiano a se repetir e se arrastar.
Nos finais de semana, a casa ganha vida,
Juliana arruma cada canto com esmero,
Numa busca por ordem, numa luta vivida,
Entre a poeira do dia a dia e o cansaço austero.
E no domingo, um breve alívio ela alcança,
Encontrando amigos num bar aconchegante,
A risada ecoa, a conversa se lança,
Num instante fugaz de escape vibrante.
Mas segunda-feira traz de volta a realidade,
Enquanto a cidade pulsa em seu movimento,
Juliana se vê presa à sua própria formalidade,
Num ciclo perpétuo de dever e cumprimento.
E assim segue sua vida, entre o ordinário e o banal,
Numa dança silenciosa com o tempo a escoar,
Juliana, um retrato do cotidiano usual,
Neste mundo que nunca para de girar.
Trivialidades
Em um mundo de trivialidades,
Crenças banais geram brigas sem finalidades.
Ignorância que cega, que fere, que mata,
Por um ego inflado que nunca se desata.
Um não aceita o jeito do outro,
E na ilusão de superioridade, se afunda em lodo.
Acha que seu caminho é o único certo,
E pela própria mão, constrói seu deserto.
Como uma flor em um vulcão em erupção,
A vida se desenrola em meio à confusão.
Ignorada, negligenciada, como se não importasse,
Até que o fim chega e tudo se desfaz.
A morte, a grande igualadora,
Traz fim a toda essa encenação.
A flor queimada no calor do vulcão,
Deixa de existir, finda-se a paixão.
E no fim, o que resta são cinzas e memórias,
De vidas perdidas em guerras ilusórias.
Que possamos aprender, enquanto há tempo,
Que a verdadeira sabedoria está no entendimento.
