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Atividade Maio Laranja: Como aplicar atividades indiretas para detectar abusos e como agir
O Maio Laranja é o mês de conscientização e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Mais do que apenas falar sobre o tema, é fundamental que escolas, educadores e famílias promovam atividades que incentivem o diálogo, a prevenção e a identificação precoce de sinais de abuso.
O que são atividades indiretas?
As atividades indiretas são estratégias pedagógicas que abordam o tema do abuso de forma sutil e acolhedora, sem expor a criança ou o adolescente. Elas ajudam a criar um ambiente seguro e confiável, favorecendo que a criança expresse sentimentos ou revele situações desconfortáveis.
Exemplos de atividades indiretas:
- Histórias com personagens fictícios que enfrentam situações de perigo e precisam pedir ajuda.
- Desenhos livres ou dirigidos com temas como “quem cuida de mim”, “lugares seguros” ou “meus sentimentos”.
- Rodas de conversa com perguntas abertas, como: “O que te deixa triste ou com medo?”, “Com quem você fala quando está inseguro?”.
- Teatro de fantoches com narrativas que abordam o respeito ao corpo, confiança e segredo bom x segredo ruim.
- Cartazes e jogos interativos sobre o “direito ao corpo”, “meu corpo, minhas regras”.
Essas atividades permitem que os profissionais da educação observem mudanças de comportamento, atitudes defensivas ou relatos indiretos de experiências traumáticas.
Como identificar sinais de abuso infantil?
É importante estar atento a mudanças sutis no comportamento, como:
- Isolamento ou agressividade repentina
- Medo de pessoas específicas ou de ficar sozinho
- Dificuldade de concentração e queda no rendimento escolar
- Desenhos com conteúdos sexuais ou violentos
- Problemas frequentes de sono, alimentação ou higiene
- Frases como “não posso contar”, “é segredo”, “alguém me machucou”
Esses sinais, isoladamente, não confirmam abuso, mas devem acender um alerta e motivar atenção e escuta qualificada.
O que fazer se houver suspeita ou confirmação de abuso?
Se a atividade indireta revelar um possível caso de abuso, a escola ou educador deve seguir um protocolo ético e legal:
- Acolher a criança com empatia, sem julgamentos ou pressões.
- Registrar cuidadosamente o relato ou os sinais observados, com data e detalhes.
- Notificar o Conselho Tutelar ou Ministério Público, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
- Nunca tentar investigar por conta própria ou confrontar o possível agressor.
- Proteger a criança imediatamente, evitando que ela fique sozinha com o suspeito.
A importância do papel da escola e da família
A escola tem um papel essencial na prevenção e detecção do abuso infantil. Já a família precisa ser parceira nesse processo, reforçando em casa a ideia de que a criança tem direito à proteção, ao respeito e à escuta.
Ao promover atividades Maio Laranja, estamos formando uma geração mais consciente, segura e protegida.
Dica: Sempre que possível, envolva equipes multidisciplinares (psicólogos, assistentes sociais, conselheiros tutelares) na elaboração e aplicação dessas atividades.